quinta-feira, 28 de abril de 2011

Os filtros de cigarro são a forma de lixo mais comum do mundo

“Os filtros de cigarro são a forma de lixo mais comum do mundo”, arranca o artigo de Elli Slaughter e de colegas, da Universidade de San Diego, Estados Unidos. De acordo com o estudo, todos os anos são lançados para o ambiente 5,6 biliões (milhões de milhões) de filtros.  
Os filtros dos cigarros podem matar peixes. Uma equipa de cientistas da Universidade de San Diego fez testes com peixes fluviais e marinhos submetidos a quantidades diferentes de filtros e mediu a mortandade dos animais. O estudo foi publicado na revista Tobbaco Control, um suplemento do British Medical Journal.

Nos Estados Unidos, os filtros são 30 por cento do lixo apanhado na região costeira dos Estados Unidos, nos cursos de água e em terra. Ao todo, foram recolhidos 2.189.252 filtros de cigarros em 2009.
Os cientistas puseram filtros de cigarro fumados, não fumados e ainda filtros de cigarros fumados e com resto de tabaco na água durante 24 horas. Depois, puseram diferentes espécies aquáticas, entre as quais um peixe de água fluvial, Pimephales promelas e um peixe de mar Atherinops affinis, em concentrações diferentes desta água com as substâncias libertadas dos filtros.
O teste durou quatro dias. Os resultados mostram que nas três situações os filtros libertam sempre elementos tóxicos para a água, que a partir de certas quantidades podem matar.
O pior dos casos é o filtro fumado com restos de tabaco. No caso do peixe marinho, 1,1 filtros por litro é o suficiente para matar metade dos indivíduos. No caso da espécie de água de doce, 0,97 filtros por litro são suficientes para matar 50 por cento dos peixes.
No caso dos filtros fumados, eram precisos 1,8 e 4,3 por litro para matar respectivamente metade dos indivíduos da espécie de água marinha e de água doce. No caso dos filtros não fumados, 5,1 e 13,5 filtros por litro eram letais para 50 por cento dos peixes de água marinha e de água doce.
São utilizados uma grande variedade de químicos durante o crescimento do tabaco e a produção dos cigarros. No caso dos filtros que não são fumados, embora não acumulem os químicos do tabaco queimado, têm substâncias nocivas utilizadas para comprimir a fibras de celulose. Por outro lado, a mortalha tem químicos que servem para a queima do cigarro demorar mais tempo.


Texto retirado de: http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1490500 
Imagem retirada de: http://logisticareversamundial.blogspot.com/p/filtro-de-cigarro.html

2 comentários:

  1. A bituca do cigarro é um grande problema nos centros urbanos.
    Em Curitiba, 8 milhões desses resíduos são descartados por dias.
    O PROGRAMA BITUCA ZERO, criado pela empresa curitibana ECOCITY Soluções Ambientais, é uma importante ferramenta contra o problema.
    A empresa atende todo o ciclo do resíduo: a implantação de coletores especialmente desenvolvidos, a coleta semanal dos resíduos e a reciclagem.
    Todo o processo é 100% paranaense e atende toda a legislação em vigor.
    Após a reciclagem, os sub-produtos voltam para a natureza, utilizados em áreas ambientamente degradadas.
    Informações: ecocitybrasil@gmail.com
    http://www.ecocitybrasil.blogspot.com

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  2. De facto os filtros de cigarro são uma das formas de lixo mais comum do mundo, no entanto ainda bem que há entidades que se preocupam com estas problemáticas e tentam arranjar uma solução. Este tipo de programas deviam ser divulgadas e aplicadas a outros locais a nível mundial.

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