quinta-feira, 22 de abril de 2010

Hi5 e jovens adolescentes

Tese de mestrado sobre violência nas redes sociais

Onde podemos encontrar, vezes sem conta, os nossos adolescentes e jovens?

Uma das hipóteses é em frente do computador, a deambular por uma das redes sociais virtuais mais conhecidas a nível mundial e a segunda mais utilizada a nível português: o hi5.
O trabalho sobre violência entre adolescentes nas redes sociais virtuais, que deu origem à tese de mestrado «Os HI5 de jovens adolescentes portugueses: uma forma diferente de comunicar», da autoria da estudante Rosa Mary Costa Manso, foi apresentado, hoje de manhã, na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP).

A investigação de Rosa Manso, estudante em Ciências da Educação, alerta docentes, educadores e pais para os perigos e riscos (mas também, potencialidades) que as redes sociais virtuais representam para o grupo mais jovem.
A orientadora da tese, Maria José Magalhães, especialista da FPCEUP na área da violência de género e violência doméstica, defende que "este trabalho vem alargar o conhecimento sobre a prevenção, em termos educativos, da reprodução da violência nas gerações futuras – dado que, desta vez, o espaço das relações de violência já não é a cozinha nem o quarto, mas o espaço virtual, acerca do qual ainda não existe suficiente consciencialização relativamente aos perigos que pode representar para os adolescentes".
O Hi5 é "uma rede social virtual fascinante, que lhes possibilita a socialização, os convida à criatividade, e, sobretudo, lhes dá a sensação de nunca estarem sós, porque: "os teus amigos, meus amigos são" [online]", refere a autora.
Fig.2. Hi5 é a segunda rede mais utilizada em Portugal
   
A dissertação pretende chamar a atenção e sensibilizar para estes "mundos e vidas paralelos" que os adolescentes e jovens constroem. Nesta investigação, "equacionam-se estas novas linguagens, formas de comunicação e de interacção social como uma nova cultura juvenil".

Cibermundos e valores


A autora procurou seguir um fio condutor – apresentação de figuras de referência em ciências da educação; os cibermundos; valores, sim ou não?; estudo de conteúdos de alguns hi5 e apresentação de algumas considerações.
E escreve ainda: "O tom da dissertação não é como a do "velho do Restelo" por considerarmos que constituem mundos cativantes e de futuros sem retorno, mas alertamos para a importância destes adolescentes e jovens serem acompanhados pelos respectivos educadores, pois existem alguns riscos, similares aos riscos da televisão, da publicidade".
O conteúdo desenvolvido por Rosa Manso não apresenta conclusões por considerar que "nestes mundos nada está concluído" e para poder assim "levar a uma maior liberdade de reflexão, abrir portas, criar inquietações que conduzam à tomada de decisões e compromissos".
A tese foi arguida por Manuel Pinto, investigador da Universidade do Minho na área da comunicação social que se tem dedicado às novas formas de comunicação, na continuidade do trabalho que desenvolveu sobre os riscos da televisão para as crianças.
Fonte bibliográfica: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=38094&op=all

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